Polícia

Gêmeos estão entre os mortos de noite sangrenta em Maricá

Daniel e Tiago Marins, de 22 anos, foram assassinados nesta segunda-feira (1º). Fotos: Rede social

"Eles espancaram e depois botaram todos deitados no chão e atiraram na cabeça deles". O relato é de um morador, que diz ter sido testemunha do assassinato de três pessoas no Condomínio Minha Casa Minha Vida de Itaipuaçu, na madrugada desta segunda-feira (1º). Pela manhã, a calçada onde as vítimas foram assassinadas já havia sido limpa, mas os rastros da violência ainda eram percebidos no local.   

Entre os mortos estavam dois irmãos gêmeos, identificados como Tiago Marins Vargas dos Santos e Daniel Marins Vargas dos Santos, de 22 anos. A terceira vítima foi identificada como Maicon Alencar Coutinho, de 23 anos. De acordo com a polícia, nenhum dos três têm anotações criminais. 

Segundo a testemunha, um carro branco chegou atirando no momento em que um dos irmãos estava indo embora do local. 

"Só um deles morava aqui, que estava inclusive acompanhado da esposa grávida e se despedindo do irmão quando tudo aconteceu. Foi muito tiro. Esses meninos tinham um coração muito bom e eram trabalhadores. Não foi justo o que fizeram", contou. 

Ainda de acordo com a testemunha, os criminosos espancaram as vítimas antes de matá-las. O trio teria tentado se esconder embaixo de um carro, mas sem sucesso. 

Caso está sendo investigado pela DHNSG. Foto: Plantão Enfoco/ Arquivo

"Infelizmente a gente não tinha como fazer nada. Eles [atiradores] foram embora dizendo que iam voltar. Quando a gente foi se aproximar, vimos que um dos irmãos ficou com o rosto todo inchado de tanto chute que levou. Tudo muito triste", desabafou. 

A Polícia Civil ainda informou a linha de investigação dos crimes, apenas alegou que as investigações estão em andamento pela Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG), para apurar as circunstâncias das mortes.

"Testemunhas estão sendo chamadas para prestar depoimento e diligências seguem para esclarecer o caso e identificar a autoria do crime", informou em nota.

Moradores acreditam que tenham sido cometido por homens ligados a milícia. "Não foi guerra de facção, isso a gente sabe. Do jeito que eles fizeram parecem ser milicianos. Assim como foi há dois anos, envolvendo os cinco rapazes", relembrou a testemunha. 

Os corpos das vítimas foram encaminhados para o Instituto Médico Legal  (IML) do Barreto, em Niterói, mas ainda não há informações sobre o sepultamento. 

A quarta vítima, foi baleada na perna e deu entrada no Hospital Municipal Conde Modesto Leal, no Centro. De acordo com a prefeitura, o paciente encontra-se com estado de saúde estável e sendo avaliado para possível cirurgia ou transferência.

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